Crítica sobre o filme "Infiéis, Os":

Rubens Ewald Filho
Infiéis, Os Por Rubens Ewald Filho
| Data: 30/10/2012

Está sendo uma overdose de filmes franceses já que infelizmente nem todos são como Intocáveis. E este aqui eu lamentei não ver antes nem que fosse para poder comentar com vocês o choque eu tive de ver um ganhador do Oscar recente, o Jean Dujardin fazendo sodomia passiva no episódio final desse filme! Deve ser uma novidade para alguém assim premiado e com essa vontade tão grande de destruir sua imagem!

De qualquer forma, eu previa que ele não ia longe (embora, sendo justo, ele não repita muito aqui o personagem de O Artista, até tem certa versatilidade. Mas precisava se expor desse jeito!). O mais engraçado é que esta comédia em episódios que procura lembrar as comédias italianas com Gassman e Tognazzi dos anos 70 (tipo Os Monstros) tem vários diretores, alguns famosos (dizem que o episódio mais forte, imaginem, foi cortado melhor dizendo, abandonado).

Minha maior reclamação é Dujardin fazer dupla para Gilles (Para nós, quase desconhecido) que é muito parecido com ele. Ou seja, para o desavisado atrapalha (quem é quem, ficamos perguntando...).

Imaginem que na França, os cartazes do filme foram retirados pela polícia que os considerou crassos e vulgar! Em Paris, meu Deus! O fato é que se trata de uma série de anedotas (8) mais ou menos engraçadas, tipo o chato que tenta encontrar alguém para transar numa viagem, a psicóloga que faz uma tentativa de ajudar os que têm problemas sexuais, um casal de amigos compulsoriamente infiéis, que traem sempre as parceiras até que no final vão a Las Vegas onde resolvem ficarem juntos e virão atração de shows da cidade! Eu não achei muita graça e concordo com os franceses que acharam que é um delírio entre amigos.