Crítica sobre o filme "Bela do Bas-fond, A":

Rubens Ewald Filho
Bela do Bas-fond, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 24/11/2012

Os admiradores do diretor Nicholas Ray insistem na qualidade deste drama policial que ele fez para a MGM (que tem pretensões vagas a noir, só que nunca chega lá, que tem números musicais de dança para Cyd, mas não é um musical).

Na época, porém, o estúdio já estava se desintegrando e com eles seu lendário elenco. Esta foi a despedida de Robert Taylor (11-69) da Metro (onde era o símbolo do estúdio e permaneceu desde 1935) ironicamente no momento em que Cyd havia se tornado finalmente estrela também era despedida (nascido em 1921, aqui onde não tem Astaire ou Kelly para a segurar, Ray deixa ela transparecer a maturidade de sua beleza).

Não há dúvida de que o diretor é mestre em enquadramentos ainda mais em widescreen, que há dois charmosos números musicais. Mas infelizmente Cyd nunca foi boa atriz (apenas uma beleza marcante e notável dançarina) e não segura grandes momentos de drama.

Taylor é esforçado, mas o filme não cai em caricatura e nem chega perto dos dramas de gângsteres dos anos 30 (apesar de uma pequena sequência de atentados aos 65 minutos). Falta vibração, drama, romance, coração. Assim como o título nacional que já era velho quando o escolheram ("bas-fonds" é a expressão francesa, ou seja, nada a ver com Chicago, que descreve o submundo do crime de Paris). Trailers, vida e obra de Nicholas Ray.