Crítica sobre o filme "Suspíria":

Rubens Ewald Filho
Suspíria Por Rubens Ewald Filho
| Data: 18/10/2018

Considerado a obra-prima do diretor cult italiano de filmes de terror Dario Argento, um delirante pesadelo com espetacular cenografia e direção de arte barrocas e bastante violência explícita que se tornou um clássico do gênero. Ou seja, tudo é meio estranho, estilizado e é preciso certa paciência para entrar no clima. Argento é um grande criador de imagens e o filme é repleto de cenas elaboradas e de impacto, em especial na parte final. O roteiro também mantém o suspense até o último momento. Originalmente a história foi concebida para se passar numa escola com alunas adolescentes, mas o medo da censura levou Argento a aumentar a faixa etária das personagens; mas manteve os diálogos infantis e os cenários gigantescos aumentando a sensação de sonho (ou pesadelo!). As vilãs são feitas pelas veteranas estrelas, já falecidas, a italiana Alida Valli e a americana Joan Bennett (1910-90), em sua última participação em cinema. Argento era muito cuidadoso com as trilhas sonoras e a de Suspíria, composta pelo grupo de rock italiano Goblin, é especialmente notável e responsável por boa parte do clima do filme. Será difícil encontrar disponível a edição em DVD com a versão original sem cortes do filme, no disco 2 o documentário legendado em português e com uma hora de duração “O Mundo de Dario Argento” (Dario Argento: An Eye For Horror, de 2000), dirigido por Leon Ferguson.