Crítica sobre o filme "Floresta Petrificada, A":

Rubens Ewald Filho
Floresta Petrificada, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 12/07/2013

O filme que consagrou Bogart como astro, depois de uma longa carreira como coadjuvante. Já tinha 37 anos, mas foi preciso retornar para a Broadway para fazer a montagem teatral deste texto de Robert E. Sherwood para conseguir o papel marcante de Duke Mantee (que na verdade é inspirado no Inimigo Público Número Um, Dillinger). Ele foi grato a vida toda para o inglês Leslie Howard, porque foi ele quem insistiu para que Bogart fizesse o papel no filme em vez de outro ator mais famoso (Edward G. Robinson) como queria a Warner. Bogart ficou tão grato para o resto da vida que deu o nome a seu filho de Leslie. Na verdade, ele não interpreta a si mesmo como por vezes sucedida, mas faz uma composição de um gângster, com vários detalhes. Leslie era um ator frio que morreu na segunda Guerra e ficou famoso com E o Vento Levou. O filme também ajudou muito a transformar Bette Davis na super star da Warner. Embora obviamente teatral e com cenários estilizados, feitos em estúdio, o filme ainda resiste bem, graças aos diálogos inteligentes, o clima e principalmente ao elenco. Um clássico do gângster (e também do film noir).