Crítica sobre o filme "Instrumentos Mortais, Os - Cidade dos Ossos":

Rubens Ewald Filho
Instrumentos Mortais, Os - Cidade dos Ossos Por Rubens Ewald Filho
| Data: 23/08/2013

A culpa é da série Crepúsculo que fez gerar uma série de imitadores, outros livros divididos em diversos tomos e que eventualmente estão sendo adaptados para o cinema com maior ou menor sucesso (a continuação deste que seria A cidade das Cinzas está previsto para 2014 e tem o reforço de Sigourney Weaver no elenco. Ainda assim o filme só agora está sendo lançado nos EUA e não há garantia que vai pegar. Para cada Jogo Voraz que estourou há outros (como Dezesseis Luas, que bombou, no sentido antigo, quebrou a cara). Não sei dizer o que vai suceder aqui porque o que mais me recordou foi outra série esquisita (a da Kate Beckinsale, Underworld/ Anjos da Noite). O problema me parece é que não sei se o público jovem a quem vai é endereçada vai embarcar em resoluções baseadas em incesto (o filme termina com uma suspeita forte disso, coisa de telenovela) e outra coisa que me pareceu fora hora, o personagem de Zegers, Alec uma hora é acusado de estar atraído pelo galã do filme, Jace (não se aprofunda isso e Zegers não está na continuação!). Enfim, meio enrolado para meu gosto, pelo menos prendeu a atenção. A heroína é fofinha filha do Phil Collins, Lily (que esteve como Branca de Neve em Espelho, Espelho Meu) enquanto o galã é uma figura longilínea que mais parece modelo de cueca Calvin Klein e em que determinados ângulos parece completamente monstruoso.

Vamos tentar resumir a história: na Nova York atual, uma adolescente aparentemente normal, a não ser pelo fato de ser vigiada demais pela mãe preocupada (Lena de 300 que dorme quase o filme todo), Clary descobre que é descendente de uma família dos chamados Shadowhunters, uma raça secreta de guerreiros semi-anjos que estão numa batalha permanente para proteger o nosso mundo dos demônios. Ela é obrigada a se unir a um deles Jace que a leva a se refugiar num palácio Escondido na Cidade chamado Downworld onde outras criaturas entraram em batalha.

Os efeitos são interessantes, o elenco irregular (com destaque para CCH Pounder como a bruxa do andar de baixo e Jonathan, de Os Tudors, fazendo o vilão maior) e na parte final há muita ação envolvendo lobisomens, warlocks e outras criaturas (além de uma grande traição!). Um Novo Harry Potter? (já falei das restrições com a trama gótica!). Duvido muito.