Este foi o filme de terror de maior repercussão nos EUA onde foi muito bem de bilheteria (rendendo já mais de 133 milhões de dólares por lá e 109 no resto do mundo, por enquanto). Nada mal para um filme modesto que teria custado 20 milhões e que veio recomendado pela direção de James Wan, que é o mesmo de Jogos Mortais (Saw, o primeiro de 2004) e do recente e bom Insidious (Sobrenatural). 

Na verdade, não traz nada de novo parecendo mais um piloto de série de teve (apresentando um casal de caçadores de fantasmas, que eventualmente podem realizar exorcismos, abrindo caminho para aventuras semanais que alternam casos reais- alguns gravados em tape, com outros mais elaborados). Parece mesmo que a dupla central (Wilson e Farmiga, ambos atores interessantes) é inspirada em figuras autenticas (ao menos aparecem as fotos das famílias no final, ainda que toda ação tivesse durado 10 anos e não o tempo da projeção). Aliás, a continuação já está em pre-produção!

O que diferencia o filme é que ele conta tudo de forma rápida e direta, sem excesso de bate papo, como se os personagens já tivessem visto muitos filmes do gênero e sabem exatamente como se comportar e agir. Até mesmo os sustos de praxe levam menos tempo. O mais curioso é que se passa em 1971 e se trata de outra história de casa mal assombrada no meio do mato para onde se muda um casal os Warren com quatro filhas (eles são Ron Livingston lembrado por Como Enlouquecer seu Chefe e Lili Taylor, que chegou a ser estrela nos anos 80 em filmes como Um Tiro para Andy Warhol). Enquanto o casal de pesquisadores os Perron faz palestras (e projeta trechos de outros casos, inclusive o de antes do letreiro que é uma pista falsa!) vai se desenrolando o drama da família que cada vez fica mais assustada com os ataques e confusões.

Não vi nada de muito novo ou especial, só que o filme é mais bem realizado do que outros, mantendo clima e tensão.

PS- no final quando dizem que foram chamados para outro, este seria o de Amityville.