Crítica sobre o filme "Família do Bagulho":

Rubens Ewald Filho
Família do Bagulho Por Rubens Ewald Filho
| Data: 29/09/2013

Eu estava estranhando que demorasse tanto tempo para o roteirista Rawson Marshall Thurber voltasse a ativa depois de ter feito no longínquo 2004 uma comédia que virou cult (apesar de muito discutível tem fãs que a adoram, uma comedia sobre o jogo de queimada, que se chama Com a Bola Toda/Dodgeball). Finalmente deu a volta por cima com está comédia da Warner que foi sucesso de bilheteria (embora o roteirista seja assinado por 6 outros, mas não ele). Até o momento estavam com 132 milhões de dólares e 70 no estrangeiro (para orçamento de 37 milhões). 

Antes uma reflexão sobre como o mundo mudou e hoje faz sucesso uma história sobre quatro desajustados que se tornam traficantes de drogas melhor dizendo contrabandistas! (um vendedor de maconha que não dá certo noutra coisa Jason, uma stripper - Jennifer Aniston - que pede demissão porque não quer fazer programas com fregueses, um adolescente meio bobinho, o inglês Will Poulter e uma menina perdida cujo personagem não é bem desenvolvido feita por Emma Roberts, sobrinha de Julia). E apesar da profissão supostamente temos que gostar e torcer por eles!

E todos embarcam nessa. Nunca prestei muita atenção em Jason Sudekis (atualmente no Saturday Night Live, aliás, desde 2003, e que foi visto em Quero Matar Meu Chefe, Os Candidatos, Passe Livre). Parece que está é sua maior chance e ele funciona. É simpaticão, não exagera e faz um herói relutante. Mais difícil de aceitar é Jennifer Aniston, que tem seu público que ficou esperando pelo strip no começo (mas na verdade ele é guardado para mais tarde ainda que não se veja grande coisa). Só que a moça me pareceu constrangida, como se preferisse estar noutro lugar. Aliás, como sucede na imagem final do filme quando durante uma cena de brincadeira quando tocam na SUV a música tema de Friends, que a deixa sem graça. 

A história então é sobre um traficante que deve para o chefe (o chato do Ed Helms em papel pequeno) que lhe faz oferta de ir buscar no México uma fortuna em droga diretamente no quartel central de um Lorde de Drogas. Eles vão na cara de pau disfarçados de família burguesa numa van ultramoderna e escapam ilesos e mesmo outros incidentes que acontecem não são muito brilhantes ou hilários. A melhor coisa do filme é sem dúvida o ator britânico Will Poulter mais lembrado por O Filho de Ranbow e Crônicas de Nárnia como Eustace. Ele se revela versátil e capaz de segurar a piada mais forte do filme (quando é mordido no órgão sexual por uma tarântula). Ah, eu quase estava esquecendo de dizer o óbvio que é uma chanchada. Por outro lado, eu já assisti muitas piores.