Crítica sobre o filme "Ernest e Célestine":

Rubens Ewald Filho
Ernest e Célestine Por Rubens Ewald Filho
| Data: 08/02/2014

É uma graça esta adaptação de uma famosa historinha francesa para crianças que faz todo o esforço para ser fiel ao original. Indicado a vários Annies, teve prêmio especial na Quinzena dos Realizadores de Cannes, Ganhou o César da categoria, Dubai, Criticos de Los Angeles, Festival de Seattle.

Feito com as cores de uma aquarela, o filme é centrado numa improvável amizade entre um rabugento urso e um jovem rato, feito pela firma GKids. Que são os mesmos que fizeram O Secreto dos Kells, também indicado ao Oscar®, Um Gato em Paris e Chico & Rita. Os ursos vivem sobre a Terra mas embaixo existe uma raça de ratos, lutando pela sobrevivência e só subindo no mundo acima em ultimo caso. Celestine vive num orfanato, gosta de desenhar e quer capturar os dentes que todos os rodentes precisam ter. Eventualmente se tornarão bons amigos.

O filme propositalmente quer parecer um livrinho de histórias e flui com poesia e naturalidade. Pode não ganhar o Oscar®, mas só sua classificação vai chamar a atenção para uma notável revelação (e prova que a categoria tem votantes de cabeça arejada e inovadores).