Crítica sobre o filme "Promessa, Uma":

Rubens Ewald Filho
Promessa, Uma Por Rubens Ewald Filho
| Data: 21/10/2014

Mesmo os que gostam de uma história de amor, um belo drama romântico, vão ficar decepcionados com esta produção europeia fria, distante, sem qualquer emoção. É verdade que a britânica Rebecca Hall (Vicky Cristina Barcelona) esta favorecida por uma maquiagem perfeita, toda uma produção destinada a torná-la mais bela e elegante, deviam ter providenciado um roteiro mais nervoso e tenso, que poderia ter sido encontrado no livro original que inspirou a obra, outro original do Stefan Zweig (de quem adaptaram livremente o divertido Grande Hotel Budapeste) lembrado também por ter se refugiado da Segunda Guerra no Brasil, onde se suicidou.

Mas é difícil encontrar uma história mais previsível do que esta passada na Alemanha (engraçado que o visual é todo genérico e por isso difícil de localizar) pouco antes da Primeira Guerra, quando um órfão Friederich (Richard Madden, escocês que esteve em Game of Thrones), muito dedicado empregado que sem outra intenção se aproxima do dono do lugar, que está muito doente (outra aparição impecável de Alan Rickman). Ficam amigos e aos poucos o rapaz vai tomando conta dos negócios e se envolvendo com a fria e chique patroa (e também educado o filho dela). Já sei que estão pensando, vai ter adultério, tiros, conflitos e tragédia? Nada disso... A história dará um pulo e... que decepção. Não entendi como o diretor francês tão competente como Patrice Leconte (O Marido da Cabeleireira, Caindo no Ridículo) se perdeu num filme tão pouco envolvente. E, portanto descartável.