Todos nós que gostam tanto dos filmes de animação premiados de Chomet, vamos nos desapontar com este primeiro longa de ficção, onde simplesmente ele não conseguiu acertar. O que antes era criativo e até poético em desenho, acabou ganhando um humor esquisito, bizarro, sem pé nem cabeça.
Ele simplesmente não consegue enquadrar direito, tentou usar uma direção de arte cafona e grotesca, mas nada funciona (nem mesmo a ideia promissora de usar em flash back que a família canta para ele quando criancinha!). Eu gostei especialmente de Bernadette Lafont, que faz a tia Annie (ela que foi musa da Nouvelle Vague, morreu em 2013, aos 74 anos). Mesmo o ator belga Guiaume não parece ter jeito para a comédia.
Ele faz um rapaz ainda crianção, meio bobinho, que é criado por duas tias já senhoras num bairro de Paris. Agora aos 33 anos ele se expressa através de ternos de corres berrantes, meio nerd chique. Seu único sonho é vencer um torneio de piano. Mas sua vida muda drasticamente quando conhece uma vizinha também de idade, Madame Proust, que desperta lembranças de sua infância. Lendo a sinopse foi que me deu vontade de assistir ao filme, para meu arrependimento. Que ele volte às animações.