Crítica sobre o filme "Hobbit, O - A Batalha dos Cinco Exércitos":

Rubens Ewald Filho
Hobbit, O - A Batalha dos Cinco Exércitos Por Rubens Ewald Filho
| Data: 09/12/2014

Este é o tão esperado final da trilogia do Hobbit (curioso com a série veio crescendo e acabou sendo muito querida pelo público! Bem que merecia ser lembrada pela Academia nesta conclusão ao menos louvando seu excelente trabalho em efeitos especiais, sem esquecer a competência do diretor Peter Jackson). O fato é que em Imax e 3D, achei as cenas de ação excepcionais, mais nítido do que nunca e assisti todo o filme com prazer e com certa pena de que terem concluído a franquia (embora contrariando o livro, acho que foi boa ideia fechar a historia fazendo a Conexão com o Senhor dos Anéis!)... Como sabem este episódio teve seu titulo mudado, antes era o menos adequado There and Back Again.

Continuo a vibrar com a presença do grande Christopher Lee (aos 92 anos), gostei de ver Cate Blanchett finalmente tendo um momento forte de intervenção, e Martin Freeman, já estava mesmo entre os meus atores preferidos (em especial em comédia).

Ainda assim é preciso se desculpar o fato de que o ultimo capítulo é muito ingrato porque como eles mesmos explicaram há muita luta e muitas explicações para poder concluir tudo (diz o diretor que não pode ir cortando nas cenas de luta para figurantes desconhecidos porque o espectador perderia o interesse). E há cenas de lutas que duram 45 minutos. Já começa a partir de onde parou o filme anterior com o ataque do dragão Smaug que vai destruir pelo fogo a cidade no lago (prova do prestigio do ator Cumberbatch é que não se vê sua cara, mal se entende também sua voz, já que faz um monstro que rosna e fala de maneira retumbante). Não sabia que quando das filmagens iniciais, foram rodadas as cenas que iriam constituir o primeiro e o ultimo filme (só mais tarde que foram escrever a historia que preencheria o filme do meio!). Assim os primeiros acabaram em julho de 2012 e o segundo em meados de 2013. Este terceiro é o mais curto da serie. Nos letreiros há canção composta por Billy Boyd, que fez Pippin em O Senhor dos Anéis.

E assim por diante, a série começou de forma irregular (e aquele banquete interminável atrapalhou muito) mas se recuperou no capítulo seguinte, que ficou mais rápido (alias como aqui, mas eu fiquei com a impressão de que este aqui ficou todo meio dourado, que seria influencia do ouro que encontram aqui!). Basicamente Erebor sua montanha e riquezas passam a ser disputada por diversas tribos de tal forma, obrigando os anões a defende-la liderados por Thorin (Armitage, que a série deve ter transformado em astro e que como acharam os americanos interpreta o personagem com se sofresse de febre de ouro, a maneira shakespereana). Já Bilbo tem um pouco menos a fazer além de observar ate porque aos 70 minutos já começa a batalha. E ai parece digno de opera de Wagner. Se bem que muita gente esteja comparando com Ran de Kurosawa, que é um dos filmes mais belos de todos os tempos.

De qualquer forma, como sucedeu com a trilogia anterior, me pareceu o Terceiro e último Hobbit, o melhor da série.