Crítica sobre o filme "Minúsculos":

Rubens Ewald Filho
Minúsculos Por Rubens Ewald Filho
| Data: 09/02/2015

É diferente e, portanto, já de começo bem-vindo este filme de animação europeu, basicamente francês, que trás uma alternativa nova para crianças e adultos com coração poético. Sua origem também é interessante.  É uma produção do Canal France 2, que durante duas temporadas passou esta série chamada Minuscule, que foi exibida desde outubro de 2006 e depois voltou no canal France 5, com episódios de cinco a seis minutos . O sucesso foi tanto que resolveram expandir os episódios para conseguirem se tornar um longa-metragem, ainda por cima em Terceira Dimensão (tem cerca de hora e meia, bastante para crianças pequenas para o qual é mais indicado, até porque não tem diálogos). 

A ideia é filmar os planos de fundo, os da natureza, em dois parques nacionais franceses, Ecrins e Mercantours. Os franceses, por sinal, amam esse tipo de coisa, foram indicados a prêmios nos de Annecy, no European Film Awards, Tallin e ganharam nos EUA no Mill Valley. Há um casal que dá inicio a historia, eles estão fazendo um piquenique no campo quando a esposa grávida sente que vai ter o bebê. O marido intui tudo e os dois saem para o Hospital. Só que deixam ali todo o farnel, incluindo barrinhas de açúcar. Os primeiros que os veem são as encantadoras joaninhas, como as nossas, mas que parecem voar com mais força. Investigam o lugar, mas uma delas sai ferida. Logo chegam as formigas sempre preocupadas com sua colônia que vive no formigueiro. Depois de erros e acertos, aparições moscas ameaçadoras, aranhas silenciosas, as formigas vermelhas militarizadas. Dá até para definir o filme como um Road Movie quando os diversos insetos irão entrar em batalha campal.

Não é um filme de ritmo intenso e alguns podem se cansar. Mas tem uma bela técnica, bastante encanto e uma moral adequada. Assisti com bastante prazer.