Crítica sobre o filme "Serena":

Rubens Ewald Filho
Serena Por Rubens Ewald Filho
| Data: 27/04/2015

Já fazia tempo que eu duvidava do talento da diretora Suanne Bier, que depois de ter ganho um Oscar de filme estrangeiro (por Em Mundo Melhor, já esquecido!) tem perdido tempo realizando filmes menores e descartáveis como a comédia romântica, Amor é Tudo que Precisa com Pierce Brosnan, Coisas que Perdemos pelo Caminho com Halle Berry, e o ainda inédito A Second Chance.

Este Serena foi rodado logo depois que o casal Bradley Cooper e Jennifer Lawrence, fizeram O Lado Bom da Vida (que deu Oscar para ela), e antes de Trapaça. Por estar ocupada Jennifer não pode concluir a pós produção e o filme só foi lançado há pouco (outubro de 14, começando na Inglaterra). Mas mesmo assim não se esperava um fracasso tão retumbante de critica (o filme estreou nos EUA dia 27 de março e não forneceram dados de bilheteria).

Feito na antiga Tchecoslováquia (Praga) e Dinamarca o filme é um antiquado romance baseado em livro que teve algum sucesso, de Ron Rash, com roteiro de Chris Kyle (por coincidência é o nome do personagem que Bradley fez em American Sniper, este escreveu script de Alexandre, K-19, O Peso da Água). Narrado com muita lentidão, com os atores se sentindo pouco a vontade (Jennifer em particular não ficou bem loira de cabelos curtos) se passa na Carolina do Norte, durante a Depressão, quando o herói George Pemberton, que controla uma Madeireira no interior, se apaixona instantaneamente por Serena, casando-se com ela e se mudando para o lugar ermo e selvagem, onde ainda se caçam bichos, se tem filhos com moças sem família (é o caso dele que é pai de um menino, o que complica a vida porque Serena depois de acidente não conseguirá ter filhos).

Seria uma história de amor mas é muito mal contada, lenta e triste, não satisfaz nem agrada. Decepção só.