Algumas fontes anunciam a estreia desta produção para o canal francês/alemão de tevê “ArtE” que nem chega a ser um longa, tem apenas 56 minutos. Mas certamente é um dos filmes mais entediantes da história do cinema. Obra do diretor nascido na Malásia e que durante muitos anos foi um dos ídolos dos festivais, já que crítico gosta de filme chato. E este aqui sem dúvida é o Everest do gênero.
Na verdade, o diretor apesar da lentidão fez até alguns trabalhos interessantes, enveredando mesmo pelo erotismo (meio bobinho). Leon Cakoff e a Renata muitas vezes me convenceram a assistir os filmes dele sempre estrelado pelo mesmo ator, seu muso Kang Shang Lee, que naturalmente está também neste filme (assim como o francês Denis Lavant, meio malabarista e que apareceu faz pouco no Cult Holy Motors). Basicamente o filme retrata a caminhada de uma espécie de monge vestido de vermelho por alguns lugares da cidade de Marselha na França.
Começa com um close muito próximo da cara feia meio em perfil de Lavant e dura sem se mexer por volta de 6/7 minutos. Se não quiser sair da sala, fique prevenido que não vai mudar muito. Surge então o que eu suponho que seja um monge que vai andar muito, mas muitíssimo devagar. Lavant eventualmente irá segui-lo. Uma escada semi obscurecida por onde sobe e desce gente. E o monge idem, sempre a passo de formiga. Na externa, na rua de Marselha, o monge caminha, as pessoas olham e pronto. Uma visão até interessante de cabeça para baixo da praça porque o teto é espelhado e assim resulta curioso. O monge será visto apenas no extremo canto da tela...
Termina com um poema resumido aqui: “Depois da visão, uma lâmpada, deveríamos ver o que esta condicionado, uma ilusão mágica. Gotas de rosa ou uma bolha, sonho, raio ou nuvem”.