Crítica sobre o filme "Lição, A":

Rubens Ewald Filho
Lição, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 18/06/2015

Este é daqueles filmes europeus bem premiados: atriz em Angers, estreante em Goteborg, revelação de diretor em San Sebastian, melhor filme, filme internacional em Sofia, roteiro e premio especial em Thessalonik,  prêmio Especial do Júri em Tóquio, direção, atriz em Transilvânia, filme em Varsóvia.

Mas nem por isso muito especial. Segue o padrão atual do cinema europeu, com câmera na mão seguindo os atores (em geral convincentes) se intrometendo na ação. Não há maior preocupação com fotografia, enquadramentos ou criatividade. Limita-se a contar uma história bastante interessante e universal, a que alguns críticos chamaram de moralista. De qualquer forma é sobre Nade (Margita), uma professora de inglês, que leva a sério a denúncia de uma das aluninhas que diz que sua carteira foi roubada. Não pense que essa será a trama principal, ao contrário depois da lição mal dada, ela parece esquecida quando a professora descobre que tem um problema maior. O banco está avisando ela em sua própria casa, que por não terem sido pagas certas dividas, a casa será colocada em leilão dali a dois dias. E a culpa é do  marido dela, um bêbado diz que gastou o dinheiro com equipamento para seu carro e não pagou a dívida.

Assim a coitada da heroína vai ter que sair procurando alguém que lhe empreste dinheiro, até um filme também de pouco impacto. Outros comparam aos filmes dos Irmãos Dardenne e louvam a atriz protagonista. Não me emociona nem convence embora a dupla de diretores seja famosa por seus muitos curta-metragens.