Este é o filme mais recente, concorrente em Cannes ano passado, do meu diretor político favorito, o britânico Ken Loach (que tendo completado agora 80 anos, resolveu fazer apenas documentários). Deixa uma obra de 49 créditos, entre eles o vencedor da Palma de Ouro, Ventos da Liberdade, a obra prima Terra e Liberdade, Kes, A Parte dos Anjos, A Procura de Eric e muitos outros. O que não tinha me dado conta é que ele trabalha desde 96 com Canção para Carla com o mesmo autor roteirista, um irlandês nascido em Calcutá, Paul Laverty.
Desta veze eles adaptaram uma peça irlandesa, inspirada em fatos reais. O filme começa em 1932 quando terminou a guerra com a Inglaterra (eles perderam) mas a maior repressão vinha da parte dos padres católicos reacionários que perseguiam os jovens com medo de que eles se tornassem comunistas seguidores de Stalin. É nesse momento que retorna a aldeia expulso da America o Jimmy, ou James Gralton (vivido por Barry Ward, que não teve antes um trabalho exibido no Brasil). Embora desiludido de tudo, ele acaba por aceitar o pedido dos jovens e pobres da cidade que não tem um lugar para estudar, ler, e principalmente dançar. Retorna assim o modesto e rústico casarão que levará o nome de Jimmy´s Hall.
Basicamente este é o filme, direto e curto, populista e anticatólico, interessante e cativante. Mas que dentro da obra de Loach acaba sendo uma obra menor. Tanto que não ganhou nenhum prêmio importante.