É difícil reconhecer neste terror Classe B, praticamente todo passado unicamente dentro de um avião, a mão do diretor Takashi Shimizu, que é famoso pelas quatro versões de O Grito e O Grito 2 (no Japão e nos EUA, datadas de 2003, 03, 04 e 06). O fato é que esta produção era para estrear em 2012 e por várias razões não muito claras foi adiado por dois anos e mesmo assim quando passou nas salas, teve péssimas criticas, algumas demolidoras. Mais do que merecia um filme tão modesto, prejudicado por um plano final completamente absurdo e velho. Mas que ao menos até então tinha certa lógica narrativa. O roteiro reserva algumas pistas para decifrarem o final (não vou dizer quais mas a presença da boneca é a mais clara, já que essa figura tem na mitologia japonesa uma função muito especifica). É curioso também descobrir que o acidente de aviação é praticamente todo copiado do que sucedeu com o vôo 522 da Helios.
Ou seja, é um grupo de passageiros que entra a bordo, não suficiente para lotar o avião que irá para Tóquio. Os personagens são muito óbvios, começando com o comandante (Johnnathon) que tem um caso com a aeromoça (Leslie), um casal a beira da separação (formado pelos dois mais conhecidos do filme, o australiano Kwanten de True Blood e Amy Smart, de Adrenalina 1 e 2), um casal recém casado (Jerrara, de Entourage, a australiana Nicky Whelan) e outras figuras sinistras e pouco marcantes. Pouca coisa acontece até a primeira morte e em geral não há sustos, apenas gente gritando. Como o filme é curto, abre com uma espécie de teaser já anunciando o que vai suceder depois. Restará apenas matar a charada final, o que será feito com muita facilidade. Demasiada até.