Crítica sobre o filme "Corrente do Mal":

Rubens Ewald Filho
Corrente do Mal Por Rubens Ewald Filho
| Data: 28/08/2015

Faz tempo que estão anunciando este terror já meio antigo e barato (custo:  2 milhões de dólares) que rendeu 14 milhões mas tem tido repercussão boca-a-boca principalmente para o trabalho do jovem diretor (que chegou a ser relançado nos EUA e conseguiu que seu filme fosse exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes e ganhou o Festival de Austin, filme e roteiro,  Deauville, critica, Gérardmer, grande prêmio , Neuchatel (crítica e da juventude).

Na verdade o filme visivelmente barato tem algumas qualidades, dentre elas não o fraco elenco mas a condução do diretor que tem um gosto por planos gerais, câmera que persegue os atores e consegue bastante clima na sequencia clímax quando a heroína é perseguida por um fantasma  - jovem e barbudo - que só ela consegue enxergar. Quando ela mergulha na piscina, este joga objetos elétricos na água para ver se a eletrocuta. Os amigos, um namoradinho e duas colegas tentam ajudar.

Também a sequência inicial é diferente mostrando uma rua da decadente cidade de Detroit, num bairro suburbano de casas classe média e árvores de outono, a mocinha sai correndo de casa de salto alto anda em circula para entrar novamente e depois sair com o carro!  Dentre outras originalidades o filme não explica em que época transcorre a história, os objetos dão dicas contraditórias, é muito influenciado pelo seminal Uma Noite Alucinante, a concepção do filme recorrente de um pesadelo que o diretor teve sobre um predador que o perseguia todo custo. Basicamente isso é o filme, o assassino que não se explica que persegue também não se sabe porque até a morte... Ao menos é um terror diferente e que parece ter sido abraçado pelos fãs do gênero.