Crítica sobre o filme "Ilha do Milharal, A":

Rubens Ewald Filho
Ilha do Milharal, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 19/11/2015

Indicado para o Oscar de filme estrangeiro do ano passado, chegou a ficar dentre os primeiros finalistas, mas não chegou a seleção final. Em compensação na Mostra Internacional de São Paulo levou o prêmio da critica dentre uma serie de outras premiações: prêmio do público e crítica do Festival de Atenas, Cinequest San Jose Melhor filme dramático, Cottbus (público), Fribourg (público), Karlovy Vary (ecumênico e Cristal de Ouro, Kinoshock (fotografia e grande prêmio),Luxor (prêmio especial do júri), Minsk (fotografia), 4 prêmios em Montpellier, Palm Springs , Split (grande prêmio), Tetouan (especial do júri), Trieste (público), Terra de Siena (Prêmio do festival).

Na verdade, este filme me deixou com a pulga atrás da orelha tentando lembrar que outro (ou outros) semelhantes já tinha assistido, com a mesma ideia da ilha de aluvião e por isso de pouca duração. Não o acho melhor do que uma das obras primas absolutas de minha juventude que foi A Ilha Nua de Kaneto Shindo. E de fato fiquei desapontado ao saber detalhes das filmagens. Quando não conseguiram real para o filme (procuraram por dois anos e levaram 4 para rodar) resolveram criar uma artificial num lago de reservatório onde eles tinham todo o controle da água. Muito pouco falado, só vai se ouvir a primeira palavra depois de vinte minutos. Não verdade não senti falta, tudo se explica visualmente. Também decidiram cortar a ideia de que não ilha haveria vida animal selvagem (apenas o cerco foi usado porque já estava moribundo).

Enfim, esta é a história de um velho camponês que na fronteira entre a Georgia e o Abaquistão, resolve aproveitar que por certo tempo o rio cria ilhas de aluvião onde é possível se fazer plantações, no caso de Milho. Com dificuldade e com a ajuda de uma garota jovem sua filha luta para conseguir a colheita, mas surge complicações por causa de um fugitivo da lei, a que dão abrigo e que naturalmente (outro velho clichê do cinema) quer ter caso com a menina. Dali em diante, tudo continua a ser previsível. Não é especialmente comovente, a fotografia não me pareceu tão esplêndida assim. Pode impressionar os incautos e menos informados.