O veterano diretor alemão Schlondorff tem ilustre carreira que inclui o premiado com o Oscar O Tambor, um começo no auge do Novo Cinema Alemão dos 60 (com o Jovem Toerless), uma passagem pela América (quando fez sua versão de A Morte do Caixeiro Viajante com Dustin Hoffman), um cargo de direção no ressuscitado estúdio de Berlim Babelsberg. Este seu filme já é uma obra menor, porque nem faz força para esconder sua origem: teatro filmado. De Cyril Geily, que também fez a adaptação.
Na verdade, para quem viu o filme Paris Está em Chamas? de René Clement não há muita novidade na história real de que Hitler, já no auge de seus delírios mandou destruir inteiramente a cidade de Paris, matando também seus habitantes. Já que não podia ser dele, não queria que fosse de ninguém mais. O responsável por isso seria o militar que controla a região, Dietrich Von Choltitz (interpretado pelo ator canadense Arestrup, hoje muito prestigiado em filmes como O Profeta, O Cavalo de Guerra, O Escafandro e a Borboleta). Quando isto é prestes a acontecer ele recebe a visita do embaixador da Suécia, vivido pelo Frances André Dussolier (Ervas Daninhas, Amar Beber e Cantar, ambos de Resnais). Este chega com a missão de impedir que a catástrofe aconteça (com a ajuda de alguns sabotadores da Resistência) ainda mais porque estão prestes a serem invadidos pelos soldados aliados, basicamente norte-americanos.
Esta produção ilustre ganhou o César de roteiro adaptado e Niels foi indicado a melhor ator. Este ganhou em Valladolid, assim como o diretor. Esta história não é tão conhecida quanto deveria e o filme não chega a fazer jus nem aos personagens, nem aos atores. O General aceita os argumentos fácil de mais (afinal todo mundo sabe do final!) e falta brilho aos diálogos e argumentos. Apenas uma lição de História, para quem possa interessar.