Este foi o filme mais premiado do ano em 2016 na Austrália, onde levou 4 prêmios dos Críticos (Kate, Hugo, Judy e roteiro), 4 do Australian Film Institute (figurino, Hugo, Judy e Kate) e ainda voto do público, 2 do Film Circle (Kate e Judy). Mas eles devem ter visto outro filme do que eu. Porque o que esta em cartaz é uma história interminável de muitos finais, aliás cada vez mais trágicos e irritantes, quase uma carnificina no que se supunha ser uma comédia. Mesmo a infalível Kate Winslet não esta no seu melhor dia como a heroína que volta ao lar numa cidadezinha do meio do deserto australiano onde dá uma de a visita da velha senhora. Toda emproada num vestido vistoso (o filme parece se passar nos anos 50 e ela expulsa da cidade retorna agora para encontrar a mãe doente - a grande atriz Judy Davis com altos e baixos - e descobrir a verdade porque ela teve que sair de lá acusada de assassinato).
A moral da história é que ela chamada Myrtle Tillie irá conquistar todas as mulheres do local com sua habilidade de desenhar vestidos de noite (soirée) apesar de serem quase sempre inadequados para a pessoas e a ocasião. Aos poucos Tillie reencontrará o vizinho por quem irá se apaixonar de novo (Liam Hemsworth, o irmão igualmente bonito de Thor, que faz de conta que convence como o herói, que aparenta pelo menos uma década mais novo que Tillie). Outra coisa que o filme parece querer vender é o fato de ser ou querer ser uma comédia (o elenco ou exagera demais nas caretas ou parece perplexo). No fim vai se atropelando com excesso de acontecimentos e um final desagradável.
Este é o retorno ao cinema de Jocelyn, que fez sucesso há muitos anos atrás com A Prova (91) com o mesmo Hugo Weaving que fez Priscilla, o musical Amor a Toda Prova (02) com Kathy Bates e Colcha de Retalhos (95). Passou anos polindo o roteiro que parece servir para australianos !!!