Não sou admirador do diretor Linklater que para mim foi superestimado pelo Oscar, que lhe deu já cinco indicações (pelo filme Antes do Por do Sol e Meia Noite, como roteirista) e Boyhood da Infância a Juventude, como filme, direção e roteiro. O resto de sua carreira é meio experimental com mais baixos do que altos, mas nada tão infeliz e mal sucedido quanto esta comédia de rapazes que são jogadores de beisebol numa escola do interior. Nada tão mal contado e superficial e inútil quanto esta brincadeira (só pode ser isso) em que o diretor roteirista nem se da ao trabalho de construir personagens identificáveis ou verdadeiros.
O filme é mais uma exposição de muitas canções de época (deve ter pago uma fortuna pelos direitos delas, mesmo sendo apresentadas apenas ao final depois dos letreiros com todo o elenco masculino - todos desconhecidos e nenhum deles com pinta de que vai dar certo - cantando como rapper!). Praticamente não há história, apenas a chegada de um loiro aspirante ao time que vai viver na casa dos que jogam no time. Parece construir um conflito mas nem isso. Há uma tentativa de fazer uma festa com Oz, o protagonista arranja uma namoradinha promissora mas o filme é de uma nulidade estarrecedora. Passou rapidamente nas salas e deve seguir caminho agora streaming. Não perca tempo.
Segundo o diretor, o filme é uma continuação de seu pretensioso e bobo Boyhood com o rapaz se apresentando na faculdade. O título que iria ser usado e aparece na canção final é That´s What I´m Talking About (mas não falam sobre nada, apenas fumam maconha e assim mesmo raramente). Seria também uma continuação de outro filme dele, porém quase desconhecido que é Bernie Quase um Anjo (11) onde ele tem peripécias com um gato (bicho). Rodado na Texas State University já que é daquele estado. O título original do filme vem de canção de van Halen. Custou 10 milhões de dólares e não rendeu mais do que 3,3.