Crítica sobre o filme "Ardor, O":

Rubens Ewald Filho
Ardor, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 30/11/2016

Estreou as escondidas e sem maior promoção, esta coprodução entre Brasil e Argentina. Quase ninguém viu ou verá, apesar da presença da brasileira e talentosa Alice Braga (atualmente estrela de série de TV americana) e do mexicano Gael Garcia Bernal e o sempre confiável Chico Diaz (latino radicado no Brasil há muitos anos). Melhor assim. Não se abale como eu em perder tempo com este pseudo faroeste com pinta de Shane (Os Brutos também Amam) já que o protagonista é uma figura misteriosa que sai das águas, fuma charuto de ervas que não são nomeadas e age misteriosamente e assim desaparece. Parece que o diretor teve certo sucesso com filmes de temática semelhança (La Sangue Brota, O Assaltante) que até lhe rendeu prêmios mas observando este drama infeliz só nos resta lamentar a presença dos atores, que garbosos fazem o possível com uma não historia, sobre não personagens e que não podia ser mais lastimável.

A ação se passa num matagal a beira de um rio, onde que bandidos (sicários se preferem), ou assassinos que são três, chegam ao lugar aparentemente enviados por alguém não bem identificado para tomar conta do sitio matando o dono e sequestrando a filha (Alice). Enquanto isso surge das água Bernal e seu jeito de anti herói, pequeno e modesto, que vai lutar contra os bandidos, como se fosse um samurai dos pobres.

Tudo é muito frágil e medíocre, por vezes irritante e indesculpável. Pobres atores que não souberam ler o roteiro e caíram nesta cilada.