Indicado para o Globo de Ouro de animação e Canção (Faith), mas rejeitado pelos outros prêmios, esta é uma produção da mesma equipe que fez os Minions, a Illumination Entertainment (que também produziu Pets este ano que foi ainda mais esquecido!). Com 1h48 de projeção padece do mal costumeiro dos desenhos, simplesmente são longos demais já que são endereçados a crianças. São mais de 85 canções pop (o que deve ter custado uma fortuna para comprar direitos autorais! De 1940 para cá). E confirma a moda dos animais antropoformáticos (Kung Fu Panda 3, Angry Birds, Zootopia que de longe é o melhor). O diretor Garth Jennings é britânico e realizou antes filmes com atores, como o divertido O Guia dos Mochileiros da Galáxia (05), O Filho de Ranbow (07).
Basicamente se conta a história de um koala chamado Buster Moon que é um empresário de shows musicais que ainda é dono de um grande teatro (ou casa de shows) mas que atravessa dificuldades por falta de dinheiro. Seu plano é abrir um concurso para amadores pagando um prêmio pequeno, mas uma confusão na impressão do panfleto faz que o lugar seja inundado por um bando de animais de raças diferentes, muitos deles revelando inesperado talento com vozes. Dos lugares mais estranhos surgem aspirantes a cantores alguns com vozes poderosas no que poderia ser uma sátira aos shows de televisão que descobrem talento (aqui é um pouco frustrante porque não chega a concretizar o fato, na verdade o teatro é destruído duas vezes e o concurso fica meio inacabado). Ainda assim o filme tem uma narrativa rápida, com um grande numero de animais de origens diferentes (por exemplo, o chato Seth McFarlane dá uma de Sinatra, há uma antiga Diva da música, uma elefanta tímida e os orangotangos de vilões. Não seria isso meio racista, reclamaram alguns críticos?).
Não sei se crianças terão paciência de acompanhar um show tão longo (e fora Parabéns a Você) não acredito que conheçam o repertório. Estreando simultaneamente com os EUA, acaba sendo descartável.