Embora esteja sendo classificado entre os finalistas dos longas de animação para premiação, este Moana mantém o êxito de bilheteria e concorre com dois outros desenhos da Disney, que parecem ter mais chance de premiação, como é o caso de Zootopia ou Procurando Dory (este não entrou em todas as seleções porque houve bons rivais estrangeiros com o oriental Kubo e as Cordas Mágicas/ Kubo and the Two Strings, em cartaz no Brasil, e My Life as a Zuchini, que desconheço, e o bonito belga A Tartaruga Vermelha). Junto com Moana tem também um curta-metragem que foi realizado por um brasileiro e que tem chance então de finalmente nos dar um Oscar, Trabalho Interno (Inner workings, de Leonardo Matsuda).
Como sempre o filme vai bem de bilheteria nos EUA passando de 160 milhões de dólares, mas teria custado 150, o que faz com que tenha que render bastante no exterior. Quem o dirigiu foi uma dupla já veterana: Ron Clements (que fez Alladin, A Princesa e o Sapo, A Pequena Sereia e Hércules) e Don Hall (Tarzan, Operação Big Hero). A escolha foi procurar uma ambientação nova (no caso os Mares do Sul, em particular o Havaí, solar e de céu e águas azuis).Não tem nada de original e erra em utilizar tão poucos animais coadjuvantes (há um porquinho que logo some e um galo desengonçado). O herói que surge depois de algum tempo é o popular Dwayne Johnson, que faz o herói Maui (o papel é criado especialmente para ele, usando seu corpo coberto de tatuagens ainda por cima moveis e fazendo jus a seu apelido de antigo herói de luta livre, como The Rock). E o moço não sabe cantar mas nem por isso com a ajuda da tecnologia moderna consegue disfarçar. Já que a verdade é que ele conquistou um espaço nos filmes de aventura. Para fazer a heroína foi descoberta uma havaiana nascida em 2000 em Huai e também é cantora, cantando as canções na versão original. Por sinal bem bonitinhas.
Mas por que me demoro em comentar o filme:a é porque achei que havia pouco o que ressaltar. É a mesma formula de sempre, um pouco longo demais, mas alegre, movimentado, com piadinhas medianas (quase sempre com a rivalidade da heroína com o teimoso Maui) e refrescantes perseguições em jangadas que enfrentam os perigos do mar. Há poucos coadjuvantes a não ser a avó que guarda um segredo que seria fundamental para salvar a ilha onde vive a heroína (embora sonhe em fugir dali).
Ou chega, a fórmula Disney resultando num filme consumível . Mas também não seria possível a toda vez fazer um clássico!