Crítica sobre o filme "Sing Street - Música e Sonho":

Rubens Ewald Filho
Sing Street - Música e Sonho Por Rubens Ewald Filho
| Data: 04/02/2017

Há alguns anos atrás, o irlandês John Carney fez inesperado sucesso com um discreto musical que compôs e escreveu  chamado Apenas uma Vez (Once, 07) sobre um casal de músicos independentes que tocam nas ruas de Dublin, que acabou levando um Oscar de canção e foi transposto com êxito para a Broadway (entre outros méritos até ganhou o Independent Spirit Award). Depois continuou criando outro filme musical que não estourou mas foi muito respeitado pela critica. Na verdade, eu sou fã desse filme chamado Mesmo Se Nada Der Certo (Begin Again, 13, com Keira Knightley, Mark Ruffalo, Adam Levine, James Corden). Aliás, se não viram nenhum dos dois, eu recomendo com entusiasmo.

Carney volta ao estilo original com este Sing Street, com poucos atores profissionais e vários novatos, mostrando agora com a espontaneidade de costume, a dificuldade de um grupo de adolescentes crescendo em Dublin, durante a década de 1980, e a vontade de criarem uma banda quando esta surgindo o conceito de music videos, em meio a conflitos com professores e bullies. Na verdade, o filme não se importa tanto com esses grosseiros, mas se fixa mais na figura do rapazinho Connor, simpático, e bonitinho e imensamente apaixonado por uma garota mais velha e mais esperta (Kelly Thorton).

Realizado com humor, carinho, paciência e muito encanto (as canções não atrapalham) foi indicado ao Globo de Ouro de musical e o Critic´s Choice de canção, com Drive like you Stole it. Bom de ver e recordar com carinho o momento musical da época.