Crítica sobre o filme "Paro Quando Quero":

Rubens Ewald Filho
Paro Quando Quero Por Rubens Ewald Filho
| Data: 08/03/2017

É uma pena que o cinema italiano esteja tão fora do circuito e de moda por aqui que mesmo quando se trata de um grande sucesso local (como neste caso que já tem duas continuações, Ad Honorem e Master Class!) fica difícil descobri-lo já que não conhecemos nenhum dos atores ou sequer o diretor. Só que teve 12 indicações ao David de Donatello e ganhou 4 Golden Ciak (da revista de cinema mais famosa de lá).

Então é preciso entrar de coração aberto para se achar muita graça neste grupo de comediantes que entram na farsa/sátira. O protagonista Edoardo Leo é ator de 55 créditos e escritor em 8 trabalhos. Mais 6 como diretor. Faz um pesquisador universitário que é mandado embora porque causa dos cortes na escola. Para ganhar a vida e sustentar a mulher e o filho adolescente, resolve produzir drogas recrutando os antigos colegas que estão numa situação semelhante, que apesar de suas habilidades agora vivem a margem da sociedade. Assim vão se dedicar às drogas (o título original se refere a frase que os drogados sempre dizem que são capazes de parar quando bem entenderem!). Até quando são descobertos e perseguidos por traficantes mais poderosos...

Dá para perceber que se trata de um gosto adquirido, é preciso se acostumar um pouco com os personagens, a linguagem, os atores (bons naturalmente) e a filosofia de moral duvidosa (afinal os amigos vão lançar no mercado um novo tipo de drogas, nunca antes vista!). Eu careta que sou tive dificuldade me divertir especialmente ou embarcar nesta canoa furada. Mas se esse for o tipo de humor que gosta, quem sabe...