Já esta há algum tempo em cartaz no Brasil este drama mais de suspense do que propriamente terror, onde foi muito bem promovido, embora aqui nos EUA onde estou não tenha tido a sorte desejada (não chegou a 3 milhões de renda). Talvez mesmo porque é sofisticado demais para o teen que geralmente consome esse tipo de intriga. É bom notar que este filme é uma obra de uma espanhol, melhor dizendo um catalão, que ficou famoso com um bom terror que foi O Orfanato (07) e depois brilhou num excelente drama de desastre que foi O Impossível com Naomi Watts e o hoje novo Superman, Tom Holland, que só como curiosidade trabalhou como stand in, dublê nas cenas onde deveriam estar a árvore gigantesca (que tem o formato e a voz de Liam Neeson).
Como eu disse, este não é um terror banal, é europeu, não apenas da Espanha mas Britânico na maior parte de sua paisagem e alegoria e cenas externas. Acho que por isso mesmo não é um terror banal, o autor do roteiro Lewis Mcdougall se baseou num livro inacabado de uma mulher chamada Sibohann Down, que ele concluiu e foi creditado. O menino Lewis foi mal antes em Peter Pan, mas tem uma aparência sofrida de alguém infeliz. Eu particularmente acho que o filme ganha muito por ter a presença da grande, em todos os sentidos, Sigourney Weaver, uma figura marcante que faz a avó do garoto que tenta ajudar porque a mãe deles está morrendo de câncer (e, no caso, Felicity Lones, de Rogue One, faz com drama e sinceridade). Só que câncer e assombração vinda de uma enorme árvore velha, cheia de galhos perdidos, não é exatamente o que assustaria mais uma adolescente, talvez uma criança britânica. Ou europeia. Que leu livros semelhantes. Mas para o superficial americano e, por tabela, nós, mesmo que achemos interessante os efeitos com a árvore e tudo de relativo bom gosto, não imagino alguém vendo o filme e gritando de pavor.
Deu para entender o dilema, vai ver o filme é bem construído demais. Educado demais. Assustador de menos.