Keanu Reeves retorna ao estrelato neste modesto e cambaleante drama de tribunal (ele voltou a ter sucesso com a série John Wick e no momento tem ao menos dez outros projetos em andamento). Por outro lado, depois de parecer que tinha ressurgido dentre os mortos, retomou sua doentia falta de expressão e aqui onde tem um papel que podia ser expressivo, um advogado de moral duvidosa. Esta péssimo, magro e pálido, como se não soubesse o que está fazendo neste roteiro horrível e mal desenvolvido que o próprio autor assinou com pseudônimo (como Rafael Jackson quando se trata de fato do conhecido Nicholas Kazan, filho do lendário diretor Elia Kazan e que chegou a concorrer a Oscar por Reverso da Fortuna).
Embora seja basicamente um drama de tribunal, difícil encontrar uma história pior desenvolvida como aqui, quando Keanu é o advogado Ramsey que está defendendo o filho de um milionário sem vergonha (Belushi), mas é justamente neste filme que ocorreu aquele escândalo de imprensa porque Renee Zelwegger apareceu completamente irreconhecível, fazendo supor que tivesse feito alguma forma de plástica. E, na verdade, depois de seis anos de ausência da tela, ela repete algumas de suas caretas e tem uma interpretação sofrível o que faz pensar de que de fato ela teria sofrido alguma maquiagem que a deixou estranha, mas não de forma permanente (até porque então no recente O Bebê de Bridget Jones recuperou parte de sua aparência. Ela já fez um novo filme chamado Same Kind of Differente Me, que parece premonitório, o mesmo tipo de um Eu diferente! com Jon Voight, Greg Kinnear).
Voltando ao filme atual, que naturalmente foi muito mal de bilheteria, coisa normal hoje em dia nos EUA, ele vai piorando com o transcorrer da trama muito mal feita. A ponto de ser irritantante.