Crítica sobre o filme "Cães Selvagens":

Rubens Ewald Filho
Cães Selvagens Por Rubens Ewald Filho
| Data: 04/04/2017

Esta é a estreia como ator do famoso roteirista de Taxi Driver e menos elogiado como diretor de vários filmes de diferente qualidade. Depois de tentar convidar um grupo enorme de amigos famosos, todos recusaram e Paul Schrader faz uma participação pequena e não muito memorável como um gângster. Também o resto do elenco de velhos amigos e parceiros de outros projetos se limita a dois astros e outros desconhecidos, Cage chegou a dar cem mil dólares do seu salário para pagar a participação de Dafoe, ambos estão acostumados a participar de filmes bizarros, mas este aqui é dos mais esquisitos, inclusive pelo roteiro, não do diretor, o que seria o lógico, mas um certo Wilder que fez apenas outro script rodado.

Esta é uma das daquelas bombas (em qualquer sentido) que graças ao prestigio de alguns envolvidos acaba conseguindo ser exibido fora de concurso no Festival de Cannes e do Rio. Sempre tem alguém de mau gosto para achar alguma graça numa comédia (sim, poderia se classificar assim) grosseira, violenta, esdrúxula e irremediável. Basicamente a figura central parece ser Dafoe que é um assassino saído da cadeia, viciado em drogas pesadas (este semi prólogo tem alguns visuais mais ativos em comparação com o resto do filme talvez porque tenha faltado dinheiro). Enfim, ele mata com grosseira a amante gorda e a filha gorda dela. O filme ficou por um tempinho preto e branco e entramos num clube de strip onde ele se une a dois velhos colegas de cadeia, Cage (que esta meio disfarçado por peruca que procura envelhecê-lo) e o gordo e para mim desconhecido Cook. Enfim, daí em diante teremos uma sucessão de outras monstruosidades, estupidez e violência sem sentido. Evitem como a praga.