Ficou difícil perdoar a grande estrela francesa Juliette Binoche agora em sua infeliz participação no mal sucedido O Vigilante do Amanhã quando ela é capaz de grandes interpretações (contida e sofrida) como neste filme italiano do diretor siciliano Messina (primeiro longa de uma série de curtas e documentários). Trata-se de um drama que ganhou três prêmios menores em Veneza, outro em Bari, e dois prêmios dos críticos italianos. Não é um filme divertido, mas uma história sensível em cima da dupla, a grande Binoche e uma nova atriz bonita e atraente Laage (Agnus Dei, Respire). Ela, Jeanne, sai de sua casa para reencontrar o namorado que deve estar na casa grande de sua família que fica na região do Ethna, na Sicilia. O espectador fica sentindo o problema, quando percebe que o rapaz morreu e a mãe não consegue esconder o luto. Por outro lado, Jeanne é recebida com atenção, mas sem que lhe desvendem a realidade. Mas um laço forte se forma entre as duas mulheres. Discreto, sóbrio, fugindo do melodrama mas mesmo assim sendo sempre sensível. Um dos poucos destaques do cinema europeu neste ano infeliz.