Há muito tempo que não se via por estas bandas, filmes estrangeiros, geralmente europeus como esta produção alemã, bem intencionada e bem feitinha com boas intenções em sua maior parte com jovens atores brasileiros (melhor do que você imagina). Mas que não tem como de deixar ingênuo e antiquado, não sei se as crianças mais cínicas de hoje em dia terão paciência em se divertir com um filme mais indicado para avós e musicistas. O press-release é bastante claro e sem meias palavras dizendo: Este é o primeiro filme dirigido pelo alemão Ansgar Ahles que assume, sem meios tons, sua paixão pelo Brasil e a convicção de que a arte pode ser usada como poderoso instrumento de superação das dificuldades e integração entre culturas.
Filhos de Bach ganhou o prêmio de “Melhor Filme e Diretor Revelação” no Festival Internacional de Emden (Alemanha), além de ter participado de festivais em Hamburgo (Alemanha), Festival do Rio, Havana (Cuba), entre outros. A história é simplória ainda que jubilosa: Marten é um metódico professor de música na Alemanha que, logo após se aposentar, vê sua vida mudar ao receber a notícia (totalmente inesperada) de que herdou uma partitura original do filho de Johann Sebastian Bach. Só que a partitura está no Brasil, mais precisamente na cidade barroca de Ouro Preto, e Marten precisa viajar até lá para receber sua herança. Mas o Brasil não é para amadores: o músico alemão, acostumado à frieza e rigidez de sua terra natal, vaga pela cidade. Circunstâncias inesperadas, incluindo o sumiço da partitura, fazem Marten prolongar sua estadia em Ouro Preto. Uma sequência de imprevistos leva o professor a dar aulas de música para meninos de uma instituição. Os instrumentos de percussão e corda brasileiros se misturam perfeitamente a melodia de Bach: e o grupo de jovens músicos se torna um grande sucesso e é convidado a se apresentar num Festival em Bückeburg, na Alemanha. Agora são os “Filhos de Bach” que terão que se adaptar aos costumes alemães. Nos anos 1950, o filme teria chances de sucesso. Hoje infelizmente quem sabe numa TV educativa.