Crítica sobre o filme "Na Vertical":

Rubens Ewald Filho
Na Vertical Por Rubens Ewald Filho
| Data: 22/06/2017

Este é o mais recente filme do diretor Alain Guiraudie, que provocou polêmicas e premiações com o filme anterior, premiado em Cannes e celebrado no circuito LGB: Um Estranho no Lago, 13,que era basicamente um filme gay explícito passado no verão num lago no interior da França onde um assassinato vinha modificar a rotina do sexo.Quando o herói fica obcecado em ficar com o criminoso mesmo correndo risco de vida.

Este aqui é visualmente bem menos interessante e premiado (passou em branco em Cannes, o ator Damien Bonnard foi indicado ao César como revelação, e ganhou o Lumiére, e prêmio de diretor no Festival de Sevilha). Mas é um filme soturno, esquisito, que embora tenha sexo explicito (uma constrangedora cena de penetração num velho moribundo!) é evidente que não explica muita coisa (a relação dele com um bebê que só o atrapalha, outra ligação com um gay velho que ele rejeita, uma tentativa de conquistar um adolescente, um confronto com o que parece ser mais lobo do cachorro).

Enfim, não aprecio as ambições desse diretor bizarro que aqui traz como protagonista um roteirista de cinema em busca de idéias, que chega no interior da França na região de Lozére, no rio Rhone, se encontra com a camponesa Marie com quem ira se envolver... Embora celebrado como fábula humanista, não me convence nem interessa. Não é erótica, nem humana, nem comovente. Quem quiser se arriscar...