Crítica sobre o filme "Mínimo para Viver, O":

Rubens Ewald Filho
Mínimo para Viver, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 05/09/2017

Parece ser um filme bem-intencionado, ainda que nada original. Quantas vezes a TV americana já mostrou histórias de jovens ou adultas que tinham problemas em se alimentar, muitas vezes com consequências trágicas. Este filme da Netflix é mais indicado justamente para o público feminino e tem o charme da presença de uma estrela jovem e atual, a inglesa Lilly Collins, filha do roqueiro Phil Collins e que ultimamente estrelou a versão Disney de Cinderella e Okja, também da Netflix (e atual série de TV chamada The Last Tycoon). O tema obviamente aqui é anorexia e o filme causou certa polemica nos EUA quando tiveram medo de estar provocando maior gravidade promovendo sem querer o charme de emagrecer (e o filme achou a imprensa Americana tinha desses momentos). E não ajudou nada terem colocado como o bom medico que tenta cuidar da heroína, o bonitão mas irremediável Keanu Reeves como o médico menos convincente do cinema nos últimos anos. Lily pode ser encantadora, mas também uma figura muito frágil como Ellen, de vinte anos, cuja madrasta não consegue ajudar (o pai procura fugir do assunto). Na história também há mais clichês, o amigo dançarino de balé (feito pelo premiado com o Tony, Alex Sharp), a mãe verdadeira que mora longe (a veterana Lily Taylor). A  diretora é uma mulher que pela primeira vez está dirigindo um longa-metragem. Mas tem muita experiência como roteirista e produtora com Angel, Buffy, Grey´s Anatomy, Mad Men, Glee, UnReal. Uma pena que o resultado seja apenas medíocre, quem sabe pode ser útil para as famílias interessadas, mas não se chega a uma grande solução para resolver este problema tão grave. Foi exibido em Sundance sem maior resultado.