Crítica sobre o filme "Borg Vs McEnroe":

Rubens Ewald Filho
Borg Vs McEnroe Por Rubens Ewald Filho
| Data: 09/11/2017

Não é toda hora que se tem um filme sobre tênis, na verdade dois ao mesmo tempo porque continua em cartaz o bom filme com divertido A Guerra dos Sexos (que é sobre dois famosos tenistas, Billie Jean King e Bobby Riggs). Este aqui que chega aos cinemas de forma bem discreta trata de um caso talvez mais polêmico, masculino, que tem sua origem na Europa, fato bastante raro. Assim não conhecemos direito o realizador que se chama Janus Metz, nascido na Dinamarca em 1974, que fez carreira como documentarista (as vezes também curtas), trabalhou na África do Sul, e na verdade este aqui é o primeiro filme de não ficção. Não se tem certeza que uma história dessas irá funcionar por aqui, já que a tentativa de apresentar uma boa história de corrida de automóveis e desastres como foi o caso, de Rush no Limite da Emoção (13) sobre a vida de Nikki Lauda (e com o Thor, Chris Hemsworth). Mas ninguém foi ver porque não lembravam mais de quem era Lauda!

Espera-se que estejam mais informados, duvido muito, tênis é ainda menos popular que corridas, porque é uma história interessante e bem contada com outro ator novato para nós, muito badalado, que é o tal de Sverrir Gudnadson, que faz o papel de Borg (o ator é de 1978, sueco de Lund, tem 48 créditos), mas praticamente nada exibido por aqui. O outro caso é mais complicado porque tiveram a ousadia de chamar o americano Shia LeBeouf (que havia virado astros em aventuras como os Transformers, o Indiana Jones jovem em Reino da Caveira de Cristal, mas fez questão de estragar sua carreira bancando o louco e chegando mesmo a fazer sexo explícito no filme de Lars Von Trier, Ninfomaníaca I e II). Esta história de disputa e rivalidade - foram 14 disputas entre os dois entre 78 e 81 - é sua tentativa de retorno e de tentar limpar sua barra. O jovem Borg é feito no filme pelo próprio filho do esportista Leo Borg. O filme teve boa acolhida no Festival de Toronto (onde normalmente se escolhem os possíveis concorrentes para o Oscar). O título nacional não ajuda.