Crítica sobre o filme "Pai em Dose Dupla 2":

Rubens Ewald Filho
Pai em Dose Dupla 2 Por Rubens Ewald Filho
| Data: 22/11/2017

É uma agradável surpresa esta comédia tão bem-sucedida, que merece fazer sucesso neste final do ano. Raramente se ri tanto de um filme tão bem-humorado, com um elenco tão bom (até marcando o retorno de Mel Gibson, perdoado por Hollywood por suas besteiras se esforçando para fazer humor). Como nada é perfeito, tem um momento mais fraco na metade do filme, mas logo se recupera e tem rápidas soluções, sabendo ainda por cima aproveitar as características de cada um dos atores. E sabendo trazer para um papel importante o excelente John Lithgow (como pai de Ferrell), o ídolo americano de luta livre John Cesta, uma participação especial de um outro herói (ao final, não digo quem) e para nós com a atração da presença da modelo gaúcha Alessandra Ambrosio (fora da Victoria´s Secret, já esteve no primeiro filme, quase não fala, mas é um papel longo e marcante) como a mulher de Wahlberg, sem esquecer também as crianças eficientes (destaque para o menino Owen Vaccaro).

Não havia gostado tanto assim do primeiro filme a não ser pela presença de Will Ferrell, que é um humorista irregular (acerta uma, erra duas), mas que tem um estilo de humor muito interessante, cara de pau, que infelizmente ainda não foi aprovado por aqui. Ele tem trabalhado com o roteirista Adam McKay, que acabou ficando famoso com o premiado A Grande Aposta que assina como produtor e chamando novamente Sean Anders que tem no curriculum o primeiro Pai em Dose Dupla, Quero Matar Meu Chefe 2, Família do Bagulho, Os Pinguins do Papai

Embora o co-astro Mark Whalberg tenha uma boa audiência no Brasil, não há nenhuma versatilidade, mas certo público gosta. O filme tem também um apelo mais forte para crianças até porque não tem palavrões nem baixarias. Todos os quatro astros têem suas chances (a história é o básico, a família resolve passar a temporada de Natal numa grande casa que fica numa região de neve, e o roteiro procura aproveitar todas as dicas possíveis). Eu sou fã mesmo de Ferrell, um cara grandão, meio bobão, mas sempre bom sujeito como aqui tem que tolerar Wahlberg e o pai Gibson. Na verdade, fazia tempo que eu (e a plateia) não nos divertíamos e riamos tanto.