Nunca fui um grande admirador de Wim Wenders (em pessoa é uma pessoa agradável e simpático, mas de uns tempos para cá seus trabalhos tem sido mais e mais decepcionantes em seus 45 anos de carreira). Logicamente como todo mundo admirei sua obra prima de Cannes, Paris, Texas, mas este seu recente filme (depois do horrível Os Belos Dias de Aranjuez ele já fez um documentário sobre o Papa Francis!) é lerdo, sem paixão, mesmo com sua história de amor. Narrado em dois tempos paralelos, onde curiosamente o britânico James McAvoy mergulha com toda a coragem e garra como alias é seu costume. Enquanto a sueca Alicia continua sem graça (esta semana vi minha amiga Renata Boldrin no Facebook onde ela dizia que cada vez mais gosta desta moça. Minha cara eu discordo, cada vez ela fica menos, menorzinha, com expressões banais e para mim equivocadas). Essa discordância de presenças é ainda mais acentuada pela passividade do diretor, mesmo quando quer registrar imagens de oceanos e cenas submarinas (essas são especialmente irritantes, já que visto logo depois do filme sobre o francês A Odisséia de Jacques Cousteau fica ainda mais débil (há poucas cenas submarinas e termina num anticlímax). Além disso trata-se um filme em duas partes ou seja vidas paralelas, nenhuma com final empolgante.
McAvoy faz o escocês James More, que na Costa da África que na verdadeira seria um espião e que é seqüestrado e torturado por soldados “Jihadistas” acham que ele é espião. Na distante costa da Groelândia, há uma garota bio-matemática Danielle Flinders que faz uma experiência de mergulho no vasto e profundo oceano com sua equipe. Os dois viveram um grande mas excessivamente comportado romance na Normandia e agora distantes sofrem um pelo outro! E só não adivinha quem dormiu no filme! O que pode ser mesmo um problema... Já que se trata de um dos trabalhos mais convencionais e sem brilho do realizador (teve gente que reclamou muito da trilha musical que acharam excessiva de um certo Fernando Velázquez que parece trilha de filme de James Bond nos anos 60! Mas nem isso ajuda).Também é duvidoso o titulo do filme que para alguns é uma metáfora de símbolo sexual, quando eles são “submergidos” de amor!