Crítica sobre o filme "Sexy por Acidente":

Rubens Ewald Filho
Sexy por Acidente Por Rubens Ewald Filho
| Data: 27/06/2018

Será que os brasileiros já se acostumaram com a figura matronal de Amy Schumer, uma humorista que tenta virar a mesa querendo demonstrar que as gorduchas também podem ser sensuais e desejáveis. A julgar pelo número de mulheres norte-americanas que se deixaram engordar a toa, Amy comprou uma difícil luta, que começou com programas de TV, livros e agora filmes. São 15 produtores incluindo ela, que ao menos tem um título delicioso para fãs de musicais (I Feel Pretty - Me sinto Bela - é a canção mais forte do musical West Side Story interpretada por Natalie Wood). Amy no filme se chama Romy Bennett e segundo o resumo do IMDB “é uma mulher que luta com sua insegurança e baixa estima, que a deixam deprimida a cada vez, quando cai num ginásio de esporte fazendo exercício quando ela pensava que era uma super modelo. Com toda essa confiança se sente empoderada, para viver sem medo e sem erros, mas o que vai suceder quando descobrir que não mudou nada, continua gorda!”

Amy é de Nova York, uma loira gordinha nascida em 1981 e é casada faz pouco com Chris Fisher. Fez muito comedia em shows de TV, mas teve sua chance com outra comédia, que foi Descompensada (Trainwreck,15), um ótimo titulo e de certa maneira foi novidade brincar com os quilos a mais (por que na verdade, todos nos temos esse tipo de problemas! Ou seja, como dizia Jô Soares todo mundo gosta de gordinhos e gordinhas em especial!). O fato foi que a moça foi ficando debochada e popular, mas cometeu um erro bravo que foi estrelar uma comédia abominável onde Goldie Hawn (com quem tem certa semelhança ainda que destruída pela plástica) e ela não souberam ler o roteiro imbecil (fujam de Viagem das Loucas). Bom, chegamos a nova comédia que foi realizada por dois roteiristas especializados no assunto (Nunca Fui Beijada, Ele Não Está Tão Afim de Você). Melhoraram o resultado e conseguiram uma bilheteria de quase 49 milhões de dólares, nada mal.

Então para gostar do filme é bom você ser gordinha, mal amada, bem humorada, capaz de se achar mais bonita que Amy, mas tão gentil com as coleguinhas que será capaz de entender a dificuldade de agradar todos os homens disponíveis. Francamente eu estou com ela, uma mulher assumida e inteligente.