Crítica sobre o filme "Quebra-Cabeça, O":

Rubens Ewald Filho
Quebra-Cabeça, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 14/11/2018

Não sei se existe um público grande e feminino o suficiente para atingir uma audiência interessada neste filme britânico modesto e discreto, que não chega a ser comédia ou romance. Fica num meio termo bobinho e com pouco humor, onde até um possível romance acaba passando em branco. Por isso prevejo poucos dias para a carreira deste filme de Marc Turtletaub (Sem Segurança Nenhuma, Pequena Miss Sunshine) com a atriz escocesa Kelly McDonald, ainda que indicada 3 vezes ao Globo de Ouro (outra figura meio neutra e tranqüila demais, de Assassinato em Gosford Park , T2 Trainspotting e Onde os Fracos Não Tem Vez). Uma curiosidade: essa mesma história já havia sido feito na Argentina, mas inédito aqui, baseando-se no livro original, Rompecabezas, 09, de Natalie Smirnoff, inédita aqui. Com Maria Onetto. Ganhou melhor filme do ano pelos críticos e depois roteiro em Cartagena. Certamente tinha mais vida e graça nessa versão do que na atual.

A história se passa numa cidade discreta onde vive Agnes, uma mãe suburbana de dois filhos e um marido banal, que entediada em não compreender seus filhos se interessa em jogar e solucionar quebra-cabeças se envolvendo com um outro fã do jogo, no caso um indiano. O filme foi premiado em Deauvile, de público, Heartland, como filme comovente!