Crítica sobre o filme "Rota Selvagem, A":

Rubens Ewald Filho
Rota Selvagem, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 21/11/2018

Francamente esta continua a ser uma temporada infeliz para se ir as salas de cinema o que na verdade é uma velha tradição, quando se esperam os filmes do Oscar do Natal em diante, e parece descarregar com produções medíocres e de origem duvidosa. Mas aqui está um caso mais raro, e que vem abençoado por boa repercussão. No caso, o diretor Haigh é britânico e embora desconhecido por aqui têm alguns bons créditos (como o humano “45 anos” com Charlotte Rampling, que foi indicado ao Oscar, dirigiu o telefilme gay chamado Looking (o filme), e fez outro também do gênero que não passou aqui (Weekend) e Greek Peek (também sobre o mesmo tema). E este filme teve uma honra de passar nos Festivais de Toronto e também Veneza onde o premio foi para o jovem ator Charlie Plummer (ele pode ser conhecido porque fez o papel do garoto sequestrado de Todo o Dinheiro do Mundo onde fez o papel Paul Getty, e tem já uma carreira bem longa (esteve entre os que passaram aqui O Jantar, a série Boardwalk Empire, Música e Rebeldia).

O filme também traz no elenco nomes mais famosos como o australiano Travis Fimmel (mais famoso por séries de TV como Os Vikings e Warcraft alem do Tarzan da TV). E dois atores de prestígio como Steve Buscemi e Chloe Sevigny. O filme apresenta a paisagem rural de estados fotogênicos (Oregon, Idaho, Wyoming) e, o mais curioso de tudo, fez carreira em praticamente toda parte, com respeito da critica. Ou seja, é uma história respeitável sobre um drama eqüino e uma aventura de um jovem. Charley, tem 15 anos e nas férias vai para Portland com seu complicado pai (Travis), mas encontra um veterano criador (Buscemi) que lhe oferece trabalho no estábulo. Vai aprendendo a cuidar de cavalos, do lado triste do negócio (os cavalos que não podem mais correr, são vendidos como comida no México!). O que provoca uma reação e deverá tocar os espectadores. Apesar dos elogios da crítica no exterior, o filme acabou fracassando em bilheteria, mal ultrapassando um milhão de dólares de bilheteria. O que acaba sendo uma pena...