Crítica sobre o filme "Peso do Passado":

Rubens Ewald Filho
Peso do Passado Por Rubens Ewald Filho
| Data: 17/01/2019

Quem conhece bem Nicole Kidman e sua incansável luta para conseguir um novo prêmio Oscar (ela ganhou um por As Horas, teve indicações por Moulin Rouge, Reencontrando a Felicidade e Lion Uma Jornada para Casa e por este filme foi indicada pelo Globo de Ouro!) irá concordar que esta deve ser sua interpretação mais dramática (trabalho pesado e até ousado de maquiagem que procura esconder sua beleza e acentuar sua idade) num filme de pouco sucesso, simplesmente por ser tão trágico e cansativo (mas esperava-se mais ainda violento). Não conheço muito a diretora de origem oriental Kusama, já que me escaparam algumas obras anteriores (Boa de Briga,2000, que lhe deu prêmio da juventude em Cannes, Aeon Flux, com bizarra presença de Charlize Theron e O Convite, 2015. E neste caso está longe de ser um filme leve e agradável, muito pelo contrário, tem um roteiro muito denso, que vai se fechando aos poucos, por vezes de maneira dolorosa. E sem dúvida o misterioso título original não lhe ajuda.

Ao menos o elenco de apoio para um projeto tão amargo e desagradável, tem boas figuras como a estrela de TV Tatiana Maslany, o habitual vilão britânico Toby Kesbell, o romeno Sebastian Stan de Guerra Civil... E Nicole faz o que pode. Ela interpreta uma Policial decadente e infeliz, desprezada pelos colegas, que agora tenta resolver um caso antigo do passado, onde envolve sua filha e outros parceiros. Não chegou nem perto de um milhão de dólares até agora! Chega a ser um pouco confusa na narrativa, de roubos no banco, grupo de drogados, ou seja, deve ser por isso que virou um “destroyer”... Ao menos ela vai ter nova versão de Big Little Lies na HBO, The Goldfinch, e mais 3 novos projetos.