Crítica sobre o filme "Balada de Buster Scruggs, A":

Rubens Ewald Filho
Balada de Buster Scruggs, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 07/02/2019

Na falta de maior criatividade, os sempre espertos irmãos Coen certamente ganharam um bom salário para brincarem de fazer uma novidade para eles, uma comédia do faroeste só que reduzida para pequenos sketchs (eles tinham feito antes um único western que foi Bravura Indômita, 2010 ) no que certamente resulta num passatempo engraçadinho e até simpático, ainda que pouco mais do que isso. O final talvez seja abrupto demais e os diversos episódios são irregulares, uns melhores que outros (que serve também para chamar os amigos para se divertirem um pouco!). O fato é que a turma do Oscar já faz tempo que é simpatizante com a dupla, desta vez indicou três categorias como candidatos (para melhor canção original, When a Cowboy Trades his spurs for Wings, de David Rawlings e Gillian Welch), depois melhor figurino para Mary Zophres, roteiro adaptado (obviamente da dupla). Um parêntesis: sou admirador dos irmãos Coen graças ao filme e depois a série de TV inspirada nele, que é o brilhante Fargo, sendo a próxima aventura programada para 2020 com o sindicato do crime dos negros que vai entrar em conflito com os italianos!

Esta Balada podia perder alguns minutos, já que o humor é irregular, cheio de altos e baixos. Rodado agora em digital. Além de ser o filme mais longo da carreira da dupla! Talvez o melhor episódio seja justamente as façanhas do pistoleiro Buster Scruggs, que tem sequências bem divertidas e satíricas (aliás, todo o projeto é assim). Não acho que seja o caso de ser premiado, mas volta a confirmar a admiração que Hollywood tem pela dupla.