Crítica sobre o filme "Amiga da Onça, A":

Rubens Ewald Filho
Amiga da Onça, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 08/11/2018

O título brasileiro é bem adequado já que se trata de uma comédia inspirada em programa americano de rádio de grande sucesso nos EUA com uma personagem que era justamente Irma, uma loira bonitona mas burra e atrapalhada. Com certeza Marilyn Monroe imitou seu tipo e personagem aqui de Marie (1916-72), já inclusive meio envelhecida, também foi traduzido porque no Brasil na revista O Cruzeiro tinha um personagem de página inteira e muito popular chamado O Amigo da Onça (um tipo malandro e bigodudo e feio que estava sempre aprontando e enganando os amigos!). Aqui a história é bem ingênua e o curioso é que Martin e Lewis, já famosos em rádio, boates e um pouco de TV apenas entraram meio as pressas nesta produção da Paramount, forçados pelo chefe do estúdio Hal Wallis (o mesmo de Elvis Presley depois). O popular programa de rádio gerou então Irma (Marie), o Professor Kripotkin (Hans Conried) e como Mrs O´Reilly (Gloria Gordon) que reprisaram aqui seus personagens no rádio. Conried substituiu Feliz Bressart porque este morreu durante a produção e teve que ser substituído. Dean Martin iria fazer o papel de Al, mas decidiram manter a dupla Martin e Lewis, no que viria a ser sua estreia na tela. O tema musical do filme é  Street Scene, muito famoso e cedido pela Fox criado pelo maestro Alfred Newman. O roteiro é muito fiel ao programa de rádio, mais do que na continuação, mas a verdade é que a dupla Martin e Lewis rouba as melhores piadas e assim se tornariam enormes sucessos de bilheteria durante toda a década de 50 (eventualmente brigariam, mas cada um deles faria sucesso sozinho, Jerry como diretor e comediante, Dean como ator dramático e cantor).