Realizado já no fim da Segunda Guerra Mundial, este filme da MGM foi supervisionado pelo mestre John Ford, que tinha um papel importantíssimo nos conflitos (ele era um dos poucos grandes cineastas a registrar nas câmeras o conflito na Europa). Foi indicado aos Oscars de som e efeitos especiais. A história é contada em estúdio e projeções de fundo, começando nas vésperas do ataque de surpresa dos japoneses em Pearl Harbor, onde sai herói o Tenente John Brinckley que criou um esquadrão ágil de “Patrulha Torpedo” que será usado para impedir mais ataques na região úmida de Manila. O segundo em comando é outro Tenente, Rusty Ryan que tenta demonstrar a eficácia de seus homens, apesar de devastador ataque inimigo, consegue provar que o transporte pelo chamado barco PT podem ajudar muito na batalha marítima no sul do Pacífico. Mas logo virá outra batalha, a das Filipinas. Muitas vezes com a pergunta trágica, será que há glória na derrota?
Embora tenha sido vendido como uma Saga do Mar, o filme resultou um pouco longo e tecnicamente fraco (foi rodado na região das Keys da Florida e Rhode Island). Durante a filmagem o diretor Ford perseguiu o seu dito amigo Wayne porque este não havia servido como soldado na Segunda Guerra e foi preciso um sermão do ator Montgomery a favor de Wayne para fazer o velho Ford a mudar de comportamento. Montgomery astro famoso e pai da Elizabeth Montgomery de A Feiticeira, havia lutado na Guerra também com os barcos PT e dirigiu três semanas do filme quando Ford se machucou quebrando as pernas. O filme só ficou pronto quando os japoneses se aposentaram e por isso foi grande sucesso comemorativo, mas não de bilheteria (segundo Wayne porque já estavam cansados de Guerra!). A abertura do filme é com um texto do General McArthur que afirma: “Hoje os canhões estão silenciosos. Uma grande tragédia terminou. Ganhamos uma grande vitória. Falo pelos milhares de lábios silenciosos, para sempre calados nas selvas e nas águas profundas do Pacifico e que marcaram esta passagem”.