Crítica sobre o filme "Contos de Nova York":

Rubens Ewald Filho
Contos de Nova York Por Rubens Ewald Filho
| Data: 24/03/2018

Não apenas os diretores são famosos, mas também os diretores de fotografia, que eram os melhores do mundo naquele momento, o sueco Sven Nykvist para Woody, o cubano Nestor Almendros para Scorsese e o italiano Vittorio Storaro para Coppola. Mas o resultado é irregular. No fundo, uma boa ideia que não resultou. Nenhum deles estava inspirado. Scorsese fez uma fita média sobre o romance entre um pintor (o já irregular Nolte) e uma garota que o despreza (Rosanna). Tem música nostálgica, descrição curiosa do ambiente das artes, pontas de gente famosa, mas não acrescenta nada. Coppola teve a ajuda da filha Sofia, hoje diretora, no roteiro de “Vida Sem Zoe”, sobre uma pobre menina rica que vive sozinha num ambiente luxuoso, no Central Park West. Leve e tolinho demais dando uma visão turística de Nova York. Allen quase salva tudo com seu sketch final, criativo e coerente. É uma sátira a todas as supermães judias. Ele próprio faz o herói que tem problemas com a mãe que depois de sumir, retorna gigante nos céus da cidade, contando a vida dele para todo mundo. Ou seja, faz rir. O que é mais que se pode dizer dos outros.