É curioso como se criou uma certa mitologia com o ator irlandês Liam Neeson (1952, ex-de Helen Mirren, indicado ao Oscar por A Lista de Schindler) quando ele perdeu a esposa atriz famosa e filha de Vanessa Redgrave, Natasha Richardson (consequência de uma queda na neve). Em crise, ele resolveu trabalhar para valer e acabou participando de uma série de filmes que estreavam sempre nos EUA nos primeiros dias de cada novo ano. Não eram grandes clássicos, mas criou o habito de uni-lo pela quarta vez com um diretor espanhol de prestigio que é Jaume Collet Serra (com quem fez antes Sem Escalas /Non- Stop, 14), Noite sem Fim /Run All Night, 15, e Desconhecido /Unknown, 11. E sem Neeson fez o bom thriller Águas Rasas, 16). Na verdade, essa popularidade com o público masculino de ação havia se consolidado com filmes europeus que Neeson fez da série de thrillers produzidas por Luc Besson, Busca Implacável (Taken, 1,2 e 3).
O filme deste ano teve seu público regular e cativo conseguindo ate agora como renda, cerca de 31 milhões de dólares (só em janeiro). Nada mal porque certeza ninguém tem maior ilusão de que se trata de um thriller de ação de qualidade média valorizado por um ótimo elenco de apoio (um monte de gente conhecida, não vou dizer quem, descubram!). Eis a sinopse: Liam Neeson faz Michael, um bem sucedido homem de negócios, vendedor de seguros que perde o emprego e fica muito abalado. Mesmo assim faz sua viagem diária de trem. Depois de ser abordado por uma misteriosa mulher (Farmiga), Michael é forçado a desvendar a identidade de um passageiro escondido no trem antes que este chegue à última parada. À medida que luta contra o tempo percebe que está preso no centro de uma conspiração criminosa, que coloca em perigo a sua vida e dos demais passageiros.
Não se pode dizer que é especialmente convincente nem original, mas apesar de tudo prende a atenção e tem suspense e ação. Sim, em filme de trem o que você esperava?