MASSACRE 1
Proibido pela censura no Brasil, este filme se tornou um clássico do terror do terror, muito criticado por seus excessos de violência. Embora seja visivelmente amador e pobre, demonstra um talento que o diretor Hopper nem sempre revelou com orçamentos maiores. É inspirada num caso real, acontecido no interior do Texas, quando uma família de caipiras matava invasores com uma serra elétrica, usando a carne para churrasco. Uma fita que assusta e espanta (as vezes repugna, mas também por vezes provoca risos). Teve incrível influência no gênero e hoje já não apavora tanto. Mas é cult autêntico.
MASSACRE 2
A ameaça se cumpriu. A continuação do clássico e horror de 74 (ainda uma das fitas mais violentas de todos os tempos) acabou sendo feita. E não podia ser mais infeliz. Começa até bem. A heroína é uma disc-jóquei de rádio que acompanha pelo ar a morte de dois rapazes que viajam de carro e são atacados por três maníacos que usam uma serra elétrica para matá-los (com requintes de selvageria). Dennis Hooper (Easy Rider) faz um tio das vítimas do filme anterior, que mesmo 15 anos depois ainda procura os criminosos (cuja existência nunca teria sido comprovada e continuam livres). O problema é que a trama se torna repetitiva. Os loucos (figuras mutiladas e repulsivas) a atacam na estação, mas a metade final da fita passa-se inteiramente no esconderijo deles, uma espécie de caverna dos horrores. A pobre moça grita o filme inteiro enquanto se sucedem os intermináveis embates de serras elétricas (Hooper tem uma também). O filme faz uma tentativa de humor negro, fazendo diálogos propositalmente ridículos (será?) e a violência também não seria levada a sério. Mas poucos vão ser capazes de aturá-lo.
INVASORES DE MARTE
Lamentável refilmagem do filme homônimo de 53, de Willima Cameron Menzies. Tudo é tão clichê, que é literalmente o pesadelo de um garoto que vê uma nave espacial descer perto de sua casa, transformar sua família, sua professora de biologia e quase toda uma cidade. Só acreditam nele uma professora e um general. O menino vai ver os monstros (grotescos), até o confronto final (sem novidades). O filme é estupidamente previsível.