Crítica sobre o filme "Lolo - O Filho da Minha Namorada":

Rubens Ewald Filho
Lolo - O Filho da Minha Namorada Por Rubens Ewald Filho
| Data: 08/06/2016

É interessante como a atriz francesa Julie Delpy conseguiu fazer uma carreira internacional (também em Hollywood!) não apenas como atriz mas principalmente como diretora (já teve duas indicações ao Oscar por causa dos roteiros de Antes do Por do Sol e Antes da Meia Noite). E retorna aqui já madura e mais gordinha, no papel de uma mulher de meia idade, Violette, que arranja um namorado rico que conhece perto de Biarritz, em Thalasso (a princípio acha que ele é pobretão mas se interessa por ele, interpretado pelo comediante de maior bilheteria hoje na França, que é Dany Boom). O problema é que ela tem um filho já passado da adolescência, que é metido a ser um artista da moda (justamente o Lolo) que é um criador de caso (o papel é feito por Vincent Lacoste, um rapaz de pouca personalidade que esteve em Hipocrates. A verdade é que só provoca saudades dos tempos em que os jovens galãs eram Alain Delon ou Jean Sorel!).

O filme abriu a Sessão Venice Days (Jornada dos autores do Festival) e não é para ser levado a sério. Menos pessoal que outros trabalhos de Julie e talvez menos engraçado com destaque para a experiente Karen Viard fazendo sua melhor amiga. Ou seja, não é memorável, mas não deixa de ser simpático. E descartável.