Foi um notável fracasso nos Estados Unidos esta terceira aventura do personagem de Bridget Jones, totalmente rejeitado pelo público americano. Para o orçamento de 35 milhões de dólares rendeu em duas semanas não mais que 12 milhões no mercado americano (mas foi bem na sua nativa Inglaterra no mesmo período chegando a 29 milhões!). Mas é mau sinal para seu futuro (na verdade, a história aqui foi escrita especialmente para a tela e há portanto um outro livro com o personagem ainda inédito e já nas livrarias, chamado Bridget, Mad about the Boy!). São 20 anos depois do lançamento do primeiro livro e 11 anos depois do último filme anterior. E a diretora aqui é mesma do primeiro filme. Não se pode dizer com certeza se o escândalo com a aparência da estrela da série, René Zellwegger, que surgiu em público de maneira quase irreconhecível, aparentemente causado por uma plástica nos olhos. A atriz nega veemente que isso tenha sucedido e tem ainda dois filmes inéditos para estrear (The Whole Truth, 16, com Keanu Reeves e SameKind of Different as Me, 16 com Jon Voight). Este foi o primeiro feito pelo sistema digital e não película. E o primeiro sem o envolvimento do grande roteirista Richard Curtis. Mas a perspectiva não parece nada boa para ela!
Bridget já surge no filme fazendo as caretas habituais (a produção insiste que ela não engordou para o papel como nos filmes anteriores, mas tive dificuldade para perceber isso). Não se perde tempo, o filme já começa ela indo no enterro do ex-namorado Daniel (Hugh Grant) onde tem a infelicidade de fazer um mal recebido discurso. Reencontra também o outro namorado Mark (Colin Firth). Mas todos já sabem que vai surgir na história outro interessado, no caso o americano Jack Qwant, vivido por Patrick Dempsey (que acabou de ser despedido da sua série de TV onde ficou dez anos, Grey´s Anatomy). Emma Thompson é co-roteirista e a médica da heroína. E naturalmente dá para perceber qual é o conflito, Bridget dorme num mesmo período de tempo com os dois quarentões e depois não sabe quem é o pai da criança!
Ou seja, vai depender de seu gosto e simpatia pela heroína e seus trejeitos para gostar do filme. O fracasso é fácil de explicar, as comédias americanas com mulheres tem sido mais grossas, descaradas e de pura chanchada. E isso deixou até a desastrada Bridget fora de moda!
Devo ser exceção no caso, acho René esforçada, fazendo as caretas, que pode numa trama bobinha, mas vai desde batizados ate festival de rock (onde conhece o Patrick Dempsey ao cair na lama uma cena bem divertida). Há uma dose grande canções pop. Infelizmente Emma Thompson aparece muito pouco (para chamar a heroína de mãe geriátrica!).