Crítica sobre o filme "Missão: Impossível - Nação Secreta":

Rubens Ewald Filho
Missão: Impossível - Nação Secreta Por Rubens Ewald Filho
| Data: 13/08/2015

Ao 53 anos, Tom Cruise depois de uma fase incerta de queda de popularidade parece estar acertando na nova fase de rei das cenas de “stunts” perigosas, algumas incríveis demais até para se crer (como na célebre daqui, que nem Jean Paul Belmondo ou Jackie Chan ousaram fazer em suas fases áureas). Como a famosa onde ele viaja no exterior de uma avião Airburs A400! E desta vez só se feriu apenas 6 vezes!

Este já é o quinto filme da série, que foi inspirada na célebre série de TV homônima (mas que ao se ver hoje parece incrívelmente ingênua!). Ele começa onde terminou o anterior, Protocolo Fantasma (11), que terminava com Cruise/Ethan preparando sua equipe para investigar as atividades de um certo Sindicato (que já era o pior inimigos deles na série de TV). Como todos devem lembrar, a pedido de Cruise cada um dos filmes da série, foi feito por um diretor diferente, em geral mestre das aventuras de ação. Brian De Palma (Missão: Impossível, 96), John Woo (Missão: Impossível 2), J.J. Abrams (Missão: Impossível 3), Brad Bird (Missão: Impossível - Protocolo Fantasma) e agora a pedido dele seu amigo Christopher McQuarrie com que seu muito bem ao fazer o filme Jack Reacher, o Terceiro Tiro (11) e o recente que acabou se tornando Cult, No Limite do Amanhã (14). Não custa lembrar que ele ganhou o Oscar de roteiro por Os Suspeitos, 95 e só agora está se firmando com realizador. De qualquer forma, já começaram as preparações para o filme seguinte da série porque este estreou bastante bem nos EUA e está estourando no resto do mundo.

Felizmente Jessica Chastain recusou o papel central porque não queria passar pelo treinamento atlético de seis meses. Em vez dela acertaram em cheio, trazendo a atriz sueca Rebbecca Ferguson (indicada ao Globo de Ouro pela série de TV The White Queen). Ela tem algo de Ingrid Bergman e Jennifer O´Neill, mas um charme todo seu que deve lhe garantir uma carreira de sucesso. Um detalhe muito curioso deste filme e diretor. Há poucos diálogos. Muitas perseguições em lugares exóticos (por exemplo, de motos pelas estradas estreitas do Marrocos), muitos tiroteios, muita luta e curiosamente quando elas chegam a um término, não há troca de palavras entre os heróis. Apenas de olhares , tudo fico claro com a imagem. Uma sequência que deixa isso muito claro é logo no começo quando Cruise, Rebecca e Simon Pegg (parece primo do Fernando Meirellles) tentam impedir um atentado na Casa de Opera de Viena, Áustria durante a Opera Turandot de Puccini (reparem na piadinha quando o cantor diz Nessum Dorma e Cruise esta meio desmaiado!) . Há uma longa sequência nos bastidores e altos do teatro, cheia de tiros e reviravoltas, praticamente sem diálogo algum.

O filme começa com Cruise em Londres entrando numa loja de sebo de discos e como se fosse antigamente na série de TV recebe um disco (vinyl em Lp) ouve qual seria sua missão (e o disco logicamente tem tantos segundos para desaparecer!). Eventualmente surge Alec Baldwin de vilão, chefe da CIA que deseja acabar com a organização IMF que Cruise faz parte... Assim, Cruise passa a ser perseguido iniciando um relacionamento de ajuda e traição com Rebecca.

Outra curiosidade seria o fato do merchandising frequente com produtos da BMW e até do Aston Martin. Foi o primeiro filme a ser rodado e lançado com a nova câmera Arrix 6.5K, em particular nas cenas submarinas. Também citações especiais para os fãs mostrando lugares que já estiveram em outros filmes (Londres e a estação de trem, a destruição do Kremlin, o pé de coelho).

Embora possa parecer complicado a primeira vista, na verdade é um “action movie” repleto de grandes momentos e nenhuma outra pretensão se não divertir. Como disseram os americanos, com grandes pacotes de pipoca!